Galeria PontoArt – Notícias

Inspirada na histórica semana de 1922, mais conhecida como a Semana de Arte Moderna, a PontoArt Galeria realiza de 18 de fevereiro a 05 de março de 2016, a quarta edição de sua exposição coletiva, com a participação ativa de artistas plásticos, que juntos com a Galeria, comemoram o aniversário desse importante evento, que transformou a arte e a cultura brasileiras. A exposição “94 anos da semana de arte de 22”, relembra o evento que ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo, entre os dias 13 e 18 de fevereiro de 1922.

Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Heitor Villa Lobos, Guilherme de Almeida, Manuel Bandeira e Tarsila do Amaral estiveram entre os personagens e participantes da Semana de Arte Moderna no Brasil, que contou também com a presença de Brecheret, com suas obras expostas no saguão do Teatro Municipal de São Paulo. Eles souberam expressar suas insatisfações mediante os acontecimentos sociais, políticos e econômicos da época e, sobretudo influenciados pelos movimentos vanguardistas, externaram seus posicionamentos ideológicos, por meio de suas criações artísticas, seja na pintura, na arquitetura, na música, na escultura, na literatura, na poesia, no folclore, entre outras formas de arte.

A produção artística trazida pelo movimento modernista ainda é importante referência até os dias de hoje no Brasil. Também é muito importante para a cultura brasileira, o conceito de Antropofagia, utilizado pelos modernistas, que conceitua a formação cultural do Brasil como um caldeirão de culturas, devidamente deglutido, adaptado e modificado, o que faz deste país um exemplo mundial de convivência e respeito entre as diversas culturas e manifestações.

A comemoração promovida pela PontoArt Galeria, conta com um coquetel de abertura, no dia 18 de fevereiro, quando o estabelecimento recebe os artistas e o público visitante. Durante o vernissage haverá também a performance “Amarras” pelo coletivo Transeuntes. No dia 27 de fevereiro (sábado), das 14h às 18h, é a vez de um importante evento literário, que este ano será dedicado à poesia, com um pequeno “debate-papo”, leitura de poesias e sessão de autógrafos com os poetas e escritores participantes. O evento será coordenado pela poeta Mariana Teixeira e produzido pela PontoArt Galeria. Deverão participar, dentre outros, os poetas Carla Caruso, Daniel Ratto, Davi Kinski, Israel Antonini, Lilian Aquino e Mariana Teixeira.

No encerramento acontece o tradicional passeio cultural com uma caminhada pelas ruas próximas à PontoArt Galeria, na Vila Madalena. Cada artista carregará sua própria obra, com o objetivo de promover uma exposição ambulante. Além disso haverá a presença de músicos e a leitura de uma carta manifesto, a exemplo de como ocorreu na semana em 22, além da leitura de poemas pelos poetas participantes do evento literário.

Os temas, as técnicas e os estilos são livres e as obras desses artistas ficarão disponíveis para venda durante todo o período da exposição. Os artistas participantes, são: Acácio Pereira, Ananda Peres, Anderson Bolcato, Camila Santo, Carlos David Segres, Cassiano Pereira Nunes, Cris Kannebley, Dinorah Rosencrantz, Dircéa Mountfort, Everson Fonseca, Fátima Lourenço, Flávia Gomes, Giuseppe Ranzini, Gregory Fink, Helena Ribeiro, Ivone Beltran, João Naccarato, José Luciano Duarte, Marco Antonio Almeida, Maria Clarice Sarraf Borelli, Marrey Peres (in memorian), Marrey Peres Jr., Maurício Piza Lopes, Mi Castelani, Pedro Vale, Regina Lara, Robson Miguez, Rosalva Siqueira, Sandra Lozano, Vanda Ramirez e Yves Winandy.

Para o artista e galerista Marrey Peres Jr., proprietário da Galeria PontoArt, “A Semana de 22 foi o maior evento de transformação e liberação da Arte já ocorrido no Brasil. Foi um marco de quebra dos paradigmas do próprio pensamento crítico brasileiro. Por isso é importante lembrá-la e comemorá-la, para podermos evoluir a cultura e a convivência entre as pessoas.” Para sua esposa, a galerista Lucília Giordano, “a ideia de sairmos às ruas com as obras para um passeio tem o objetivo aproximar o artista do seu público, de inovar a forma de expor as obras de arte e de nos divertirmos também, é claro”!

Serviço:
Galeria PontoArt
Espaço de Artes e Objetos
Rua Inácio Pereira da Rocha, 246 – Vila Madalena – Tel (11) 2548 1661
Para outras informações, acesse o site : www.pontoart.com.br
Abertura da Exposição: “94 Anos da Semana de arte de 22”, dia 18 de fevereiro de 2016, quinta-feira, das 19h às 22h.
Exposição de 19 de fevereiro a 05.março de 2016
Visitação aberta ao público: de 3ª à 6ª, das 11h às 18h e aos sábados, das 12h às 17h.
Entrada: Franca

Informações para a imprensa: Adriana Guidolin – GC2 Escritório de Arte, Fotografia & Assessoria – (11) 3051 3106/ 9 9307 4167 – email:. redacao.guidolincomunicacao@gmail.com – Skype/ Facebook/Instagram – Adriana Guidolin

Ananda Giordano Peres

Em sua terceira edição, a PontoArt Galeria promove a exposição: “Um Olhar Incomum III”, com vernissage dia 18 de novembro às 19h, estendendo-se até 19 de dezembro de 2015. A mostra conta com a produção mais recente da artista plástica Ananda Giordano Peres, incluindo pinturas, desenhos, objetos e textos, em conjunto e com o suporte técnico da escritora e ilustradora Carla Caruso e da artista plástica e arte-educadora Helena Ribeiro, suas professoras e mentoras. Além dos trabalhos de Ananda, a mostra também conta com trabalhos dessas suas duas orientadoras.

Isogravura

Ananda Peres é cega de nascença, porém, durante toda a sua vida, conviveu com o universo das expressões artísticas. Interessa-se principalmente pela música e pelas artes plásticas, sendo que seu interesse nessa área nasceu de sua atuação na PontoArt, estimulada pelo fato de seu avô paterno Marrey Luiz Peres, já falecido, ter sido um artista plástico paulista muito atuante. Ananda frequenta regularmente aulas de arte no Atelier da arte-educadora Helena Ribeiro e a oficina de escrita é com a escritora Carla Caruso.

Técnica mista sobre papel

“Os textos da Ananda são criativos, e cada vez mais ela se apropria da linguagem escrita. É um prazer e uma grande felicidade compartilhar com ela as descobertas e surpresas que surgem das suas criações artísticas”, diz Carla Caruso. Já Helena Ribeiro ressalta que “a arte com a Ananda é sempre mais intensa e o lidar com as cores é como se estivéssemos tratando dos nossos próprios sentimentos”.

Tinta Plástica sobre radiografia

A curadoria, produção e montagem da mostra é de Lucília Giordano e Marrey Peres Jr., proprietários da PontoArt Galeria e pais da artista. A exposição conta com identificações e textos em braille e com o recurso de áudio-interpretação das obras, proporcionando um nível de acessibilidade e inclusão aos visitantes deficientes visuais.

Com relação à questão da inclusão, na mostra, a mesma se dá em duas vias distintas. A primeira sendo a criação de um universo paralelo no qual habita o “olhar incomum” da pessoa nascida com deficiência visual, que tenta sensibilizar e se comunicar com as pessoas que possuem uma noção de universo notadamente visual. A segunda via se

Têmpera guache sobre papel

dá através da disponibilização de material táctil e de recursos audíveis, proporcionando à pessoa com deficiência visual a possibilidade de participar de uma exposição de artes preponderantemente visuais. Por meio da construção de universos paralelos e inclusivos, dos estímulos culturais e da própria paixão pelas artes, os deficientes visuais podem participar da exposição, construindo conhecimentos e sentimentos estéticos próprios. De forma análoga, Ananda pode desenvolver, juntamente com Carla e Helena, uma produção em grafismos, textos e objetos que convergem para uma estética também incomum, assim como seu olhar.

Serviço:

Técnica mista madeira

PontoArt Galeria,
Rua Inácio Pereira da Rocha, 246, Vila Madalena, São Paulo, SP, Brasil
Tel.: 11 2548 1661.
Vernissage: dia 18 de novembro, 4a. feira, às 19h.
Exposição: de 19 de novembro a 19 de dezembro.2015
de terça a sexta das 11h às 18h e sábados das 12h às 17h. Não abre domingo e segunda-feira.
Estacionamento com desconto: Rua Fradique Coutinho, 1025

Informações para a Imprensa:
Adriana Guidolin – Mtb 26728 – GC2 Escritório de Arte, Fotografia & Comunicação – email: redação.guidolincomunicacao@gmail.com
Av. Nove de Julho, 3206/23 – Jardim Paulista – CEP 01406 000
São Paulo – 11.30513106 – 9 93074167
Skype/ Facebook/Instagram – Adriana Guidolin

A Galeria PontoArt apresenta a exposição individual “Dois Olhares” de Cassiano Pereira Nunes e Ivone Beltran.  A exposição é composta pela produção recente de pintura em aquarela dos artistas.

O artista em suas andanças se depara e se detém diante da beleza, delicadeza, tenacidade e força das formas que encontra
na natureza transportando-as para sua obra, orquestrando assim com as nuances cromáticas, as luzes, a água e os vapores que vão compondo suas árvores.

De uma paleta de cores refinada, matizes mais fechados com notas tonais que se aproximam do calor em alguns momentos, o artista parece nos oferecer uma gama de combinações afetivas.

As aquarelas de Ivone são marcadas pela intensidade com a qual trabalha a cor e o gesto. O azul se faz muito presente, mas, mesmo em outros universos, existe densidade e procura de caminhos em que a expressão visual ganhe o espaço como forma de dialogar plasticamente com o mundo. Seu gesto largo e amplo também conduz para um universo marcado por um discurso poético que fala muito mais do interior do ser humano do que das paisagens e árvores representadas.
Ivone também cria formas e compõem cores que são só suas. Invariavelmente e associadas aos ares e lugares da natureza, estas formas e cores são também expressões refletidas do mais fundo inconsciente, A pujança da cor, a liberdade das formas e a maneira abrangente de ocupar o espaço são formas de conceber a arte como discurso visual impetuoso.

Maurício Piza abre sua nova exposição “Sonhos: Pequenos formatos”, na PontoArt Galeria, com vernissage no dia 06 de agosto, das 18h às 22h. O período de exposição será de 07 a 29 de agosto.

“Esta é uma coleção de pinturas óleo e aquarelas bem informais. Muitas delas faziam parte de séries às vezes grandes e sobrevivem quase como pegadas, como vestígios de um caminhar.

Isso porque é nos pequenos formatos que surgem as experimentações que serão levadas adiante nas grandes telas.

Os grandes formatos e as técnicas elaboradas não servem para isso, demoram muito e demandam muito. Os grandes formatos necessitam de grande esforço continuado, pausas de secagem e um acabamento de outra ordem e se estendem por vezes por meses.

De tempos em tempos é necessário queimar chão, percorrer rapidamente uma grande extensão com persistência e aparente desenvoltura. De tempos em tempos é preciso algo rápido e que permita experimentar um grande número de variações e permutações em poucas horas. Para isso a aquarela, a colagem, o desenho, o croqui a óleo, são mais adequados.

Essas são as caminhadas. Sigo errante, andante, viandeiro, viajor, nômade, caminheiro e caminhante. E quando eu caminho, sonho, misturando as imagens externas com as internas a ponto de caminhar em outro chão.

Mauricio Piza”

João Naccarato

Um novo painel de graffiti, realizado pelo artista João Naccarato, está valorizando a fachada da PontoArt, desde sábado, dia 25.julho.2015.

João Naccarato é artista plástico autodidata e músico, formado em arquitetura e urbanismo, atividades que influenciam muito na concepção das suas obras, sejam elas musicais ou visuais.

Possui diversas telas e intervenções espalhadas pelo Brasil, como em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Juazeiro do Norte (CE) e Sousa (PB), além de diversas cidades espalhadas pelo interior paulista.

Também ministra oficinas de artes e faz exposições por todo o país. A primeira fase dos seus quadros, feitos com a técnica de óleo sobre tela, possui traços marcantes dos movimentos europeus de Vanguarda Negativa, como o Dadaísmo e o Surrealismo. Em sua nova fase, o artista experimenta a união de diferentes estilos e técnicas, em busca de uma linguagem própria. Utiliza técnicas da arte urbana, como o graffiti e o stencil, misturados às curvas, cores e formas, que são elementos marcantes nas suas obras.

Serviço:

Estacionamento com desconto: Rua Fradique Coutinho, 1025

Exposição de aquarelas e desenhos mostra a vitalidade da expressão artística feminina e novas leituras do Surrealismo no Brasil

A PontoArt Galeria tem o prazer de apresentar de 11 de junho a 04 de julho a exposição

NATUREZA INTERIOR

desenhos de Heloisa Pessoa e aquarelas de Marina Martinelli

Curadoria de Gilberto Habib Oliveira

Articulada – Obra de Heloisa Pessoa

O Movimento Surrealista é talvez uma das correntes artísticas mais conhecidas do grande público em todo o mundo, principalmente pelas obras de Salvador Dalí­, que até hoje é um dos artistas mais populares da história da arte. O que poucos sabem é que o Surrealismo é muito mais do que somente “fantasias” e “absurdos” representados na pintura e na escultura, e que tem laços estreitos com o Brasil. Dalí­ só participou rapidamente do Movimento, sendo logo expulso do grupo pelo líder André Breton, que o acusava de leviano, mau caráter e interessado apenas em dinheiro.

Breton, por sua vez, deu ao Surrealismo um cunho científico, sério, engajado na exploração do inconsciente e da existência interior e supra-real (origem do termo “su-realismo”), com representantes no mundo inteiro, tanto na literatura como nas artes visuais, dentre as quais a mexicana Frida Kahlo e a brasileira Maria Martins.

Cavalheiro e Dragão em Noite de Lua – Obra de Marina Martinelli

A força e universalidade deste pensamento, para além dos limites históricos de Breton e seu Movimento, podem ser vistas nas duas poéticas desta exposição, distinta em suas cores, técnicas e figurações, mas que possui em comum a qualidade convidativa a um passeio extraordinário, fora da realidade aparente, em direção a uma percepção interior.

Animais, plantas e figuras humanas sempre foram elementos importantes nas obras de Marina Martinelli e Heloisa Pessoa. Porém, são também símbolos de outra realidade, atávica e misteriosa, vivente em níveis profundos da imaginação artística captada pela sensibilidade feminina.

Histórias Imaginantes II – Obra de Marina Martinelli

Nas cores vibrantes das aquarelas de Marina Martinelli, com pinceladas que são sua marca registrada, se delineiam espectros flamejantes de criaturas enérgicas, esvoaçantes, guerreiras e misteriosas, capazes de ser, a uma só vez, tão provocadoras e indomáveis quanto a Mãe-Natureza. Sempre acima do bem e do mal, essas criaturas nos afrontam e seduzem, acolhem e desafiam, convidando-nos a um chamado ancestral para o qual, enquanto conscientes, relutamos nos entregar.

Mão e Pena – Obra de Heloisa Pessoa

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Já os desenhos de Heloisa Pessoa são sementes e ramificações, gestos e combinações que evocam memórias do corpo, desejos, afetos, projeções da mente e signos de fertilidade. Feitos sobre papel com ponta de prata, grafite ou lápis de cor, essa tênue representação de cenários inusitados e afloramentos do inconsciente cria atmosferas oníricas, dispostas em transversais do tempo e do espaço, sem se preocupar em definir dentro ou fora, passado ou futuro, sono ou vigília, vida ou morte.

Espelhadas uma na outra, a natureza interior e a exterior são uma coisa só nas obras de Marina e Heloisa; convertidas em testemunho visual de realidades psíquicas, místicas, de reais grandezas, ou até mesmo, tangentes do sagrado.

Sobre as artistas

Heloisa Pessoa

Heloisa Pessoa

Nascida em São Paulo, onde vive e trabalha. Graduada em Artes Plásticas pela Fundação Alvares Penteado, com especialização em Desenho e Pós Graduação em Aquarela pela Faculdade Santa Marcelina. Frequentou vários cursos de aperfeiçoamento em técnicas de têmpera, acrílica e aquarela com Ubirajara Ribeiro, Antonio Victor e Gontran Guanaes. Integrante da ABA – Associação Brasileira de Aquarela e Artes sobre Papel, do Grupo Angatuba e do Grupo Surrealista de São Paulo dirigido pelo Prof. Sergio Lima e frequenta o Atelier Calcográfico Iole. Tem participado de várias exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Sua atividade artística merece citações nos livros: Surrealismo e Novo Mundo de Robert Pongè, Ed. Universidade; A Aventura Surrealista tomos 1 e 2 de Sergio Lima, Ed. Vozes.

Marina Martinelli

Marina Martinelli

Nascida em São Paulo, onde vive e trabalha. Graduada e pós-graduada em Artes Plásticas pela Faculdade Santa Marcelina. Pintora (aquarela e batik) e gravadora. Iniciou gravura e aquarela com Iole Di Natale, Batik com Kasuco Abe, também participou do grupo de estudos sobre arte e sua filosofia com Sérgio Lima. Reúne mensalmente em seu atelier, artistas do Grupo Angatuba, para estudos e reflexões sobre arte e o fazer artístico. Membro do Núcleo de Aquarelistas desde 1987, vice-presidente da ABA-Núcleo de Aquarelistas. Tem participado de várias exposições individuais e coletivas de Aquarela, Batik e Gravura, no Brasil e exterior. Possui obras em acervos particulares e em museus nacionais e no exterior. Premiada na 1a Quadrienal Internacional de Aquarela, em São Paulo, 2003.

De 9 a 30 de maio de 2015, a PontoArt tem o prazer de apresentar uma exposição de obras de Cris Kannebley (escultura) e Marco Antonio Almeida (fotografia).

Angélica – Escultura de Cris Kannebley

Hoje em dia, a avalanche de produção de materiais visuais é riquíssima e avassaladora, seja em produções da nossa vivência diária, como uma linguagem de inclusão, pertencimento e exposição pessoal dentro do ambiente físico em que vivemos, seja na observação do universo em nosso entorno, por meio de contatos digitais, na vasta rede que nos interliga ao mundo e vice-versa.

Um coletivo que percebemos a partir de nossos próprios corpos físicos, presentes e atuantes e, às vezes, visivelmente ausentes, postos como observadores. Em olhares que acabam sendo representados em objetos, formas, palavras e imagens, que são os principais instrumentos de registro em nossa existência.

Dentro do contexto em que o virtual é onipresente e oferece oportunidades tangíveis para expressar livremente nossas inquietações políticas, criativas e artísticas, estará sempre apoiado num universo físico contundente, inquietante, mutante e tátil, totalmente disponível para ser captado, materializado, construído e registrado.

De costas – Foto de Marco Antonio Almeida

Registros que estabelecem o cenário e personagens contemporâneos, de um feminino materializado em sua delicada expressão corporal, passando pelo aglomerado familiar, representando núcleos de retirantes e desvalidos estilizados em formas simples em contraponto com imagens duras da cidade desenhadas para contornar nossa morada, numa mistura de objeto, paisagem, design e interferência e vivência humana na metrópole.

Vivências e percepções sob os olhares desses dois artistas que se utilizam da escultura e da fotografia como plataformas de expressão de seus sentimentos, e de sua arte.

Cris Kannebley

Cris Kannebley apresentará 15 esculturas em diversas técnicas, como raku, resina, mármore reconstituído e pedra.

Cris Kannebley é escultora, ceramista e aquarelista, estudou Artes Plásticas na Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP; fez cursos de História da Arte no MASP e no Centro Cultural São Paulo. Estudou nos ateliês da artista plástica Célia Cymbalista, da ceramista Lu Leão e dos escultores Israel Kislansky, Newton Santanna e Lilli Vilela. Participou de algumas mostras coletivas e exposições individuais.

Marco Antonio Almeida

Marco Antonio Almeida apresentará 15 painéis fotográficos em papel algodão/fineart.

Marco Antonio Almeida é designer e publicitário, trabalha com fotografia para aguçar o exercício de sua percepção. Encontrou no registro do cotidiano, e nas formas dos caminhos que trilha, um meio de apresentar seu olhar de designer, de expectador, provocando os olhares alheios ao raciocínio sobre nosso entorno, sobre a estética, natureza e sobre as pessoas.

A PontoArt é uma galeria de arte e espaço cultural. Sua proposta é a de proporcionar um espaço para a convivência e discussão das mais diferentes expressões artísticas, além de promover a comercialização de obras de arte.

A PontoArt Galeria apresenta a exposição individual de Tarzio Tomei, intitulada TARZIO TOMEI …”EM SEU UNIVERSO PICTÓRICO”, com vernissage no dia 31 de março e exposição no período de 01 a 25 de abril.

Tarzio Tomei nasceu em São Paulo, em 1961 e cresceu no atelier de seu pai, um pintor italiano de formação belga, onde iniciou seus conhecimentos do ofício da pintura. Dentre suas atividades artísticas, pintou dois murais na PUC de São Paulo, onde se formou em Direito, além de ilustrar jornais universitários. Paralelamente, frequentou ateliê de gravura em metal e litografia e estudou escultura na FAAP, com o mestre Franklin.

Desde os anos 80 participa de salões de arte, tendo obtido menções honrosas e premiações, destacando-se o Salão de Outono da América Latina, o Prêmio Internacional Maimeri de Pintura e a Exposição Internacional Index2014, em Dubai. Anteriormente realizou duas individuais, uma em 2001 e a outra em 2007.  Continua expondo frequentemente e estudando para aprofundar seus conhecimentos pictóricos e estéticos.

A exposição individual de TARZIO TOMEI faz referência ao “universo celestial da pintura”, que é como se intitula sua nova fase, e que se justifica por sempre retratar em seus trabalhos imagens de paletas.  Este trabalho figurativo, que agrega às paletas outras figuras, geralmente contornos extraídos de mobílias, resulta em abstrações multigeométricas e multicoloridas, numa ambientação lúdica que por vezes pode até parecer uma incursão no surrealismo.

E o propósito do autor nesta exposição é justamente este, convidar o observador a junto com ele penetrar “em seu universo pictórico”.

Inspirada na histórica semana de 1922, mais conhecida como a Semana de Arte Moderna, a PontoArt Galeria, pelo terceiro ano consecutivo, realiza a partir do dia 05 ao dia 21 de março de 2015, uma exposição coletiva com a participação ativa de artistas plásticos, que juntos com a Galeria, comemoram o aniversário do evento, uma espécie de homenagem e que é inclusive o próprio tema da exposição. Trata-se dos “93 anos da semana de 22”, que ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo, entre os dias 13 e 18 de fevereiro de 1922.

Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Anita Malfatti e Tarsila do Amaral foram os principais precursores da Semana de Arte Moderna no Brasil, que contou também com a presença de Brecheret, com suas obras expostas no saguão do Teatro. Eles souberam expressar suas insatisfações mediante os acontecimentos sociais, políticos e econômicos da época e, sobretudo influenciados pelos movimentos vanguardistas, externaram seus posicionamentos ideológicos, por meio de suas criações artísticas, seja na pintura, na arquitetura, na música, na escultura, na literatura incluindo a poesia, no folclore, entre outras formas de arte.

A produção artística trazida pelo movimento modernista ainda é uma importante referência até os dias de hoje no Brasil, seja pelo esgotamento do estilo acadêmico, seja pela transformação cultural brasileira da época, durante o início do século XX e o final da década de 1920. Os destaques daquele período eram para questões relacionadas à pesquisa do nacional; o papel da cidade de São Paulo, a formação do modernismo pelas artes plásticas, o percurso dos artistas europeus radicados no país, a influência de Paris, as contribuições do expressionismo, futurismo e cubismo, entre outros temas. Anita Malfatti trazia da Europa, experiências vanguardistas que marcaram intensamente seus trabalhos e em 1917 realizou a que ficou conhecida como a primeira exposição do Modernismo brasileiro.

A ocasião histórica adaptada pela Galeria, conta com um coquetel de abertura, no dia 05 de março, quando o estabelecimento recebe os artistas e o público visitante. No dia 11 de março é a vez do importante evento literário, “debate-papo e sessão de autógrafos” que conta com a participação de oito ficcionistas da nova geração, a partir das 19h. Os Autores convidados, são: Adrienne Myrtes, Claudio Brites, Daniel Lopes, Gláuber Soares, Luiz Bras, Marcelo Maluf, Márcia Barbieri e Petê Rissatti.

No encerramento acontece o tradicional passeio cultural, uma caminhada pelas ruas próximas à Galeria PontoArt, na Vila Madalena. Cada artista carregará sua própria obra, com o objetivo de promover uma exposição ambulante, com a presença de músicos e a leitura de uma carta manifesto, a exemplo de como ocorreu na semana em 22. Os temas, as técnicas e os estilos são livres e as obras desses artistas ficarão disponíveis para venda durante todo o período da exposição. Os artistas participantes, são: Acácio Pereira, Ananda Peres, Camila Santo, Cris Kannebley, Dinorah Rosencrantz, Dircéa Mountfort, Edmundo Cavalcanti, Giuseppe Ranzini, Gregory Fink, Helena Ribeiro, João Naccarato, José Luciano Duarte, Maria Clarice Sarraf Borelli, Mario Tossi, Marrey Peres (in memorian), Marrey Peres Jr., Maurício Piza Lopes, Mi Castelani, Plinio Arenare, Sandra Lozano, Stella Gomide, Tereza Vianna, Thais Lino Costa e Yves Winandy.

Para o artista e galerista Marrey Peres Jr., proprietário da PontoArt Galeria, “A Semana de 22 foi o maior evento de transformação e liberação da Arte já ocorrido no Brasil. Foi um marco de quebra dos paradigmas do próprio pensamento crítico brasileiro. Por isso é importante lembrá-la e comemorá-la, para podermos evoluir a cultura e a convivência entre as pessoas.” Para sua esposa, a galerista Lucília Giordano, “a ideia de sairmos às ruas com as obras para um passeio tem o objetivo aproximar o artista do seu público, de inovar a forma de expor as obras de arte e de nos divertirmos também, é claro”!

Serviço:

A Galeria PontoArt promove a exposição: “Um olhar Incomum II”, com vernissage no dia 30 de outubro às 18h30. A mostra estende-se até o dia 29 de novembro de 2014 e conta com pinturas, desenhos, colagens, objetos e esculturas de Ananda Giordano Peres, em conjunto e com o suporte técnico de suas professoras e mentoras Carla Caruso, escritora e ilustradora, e Helena Ribeiro, artista plástica e arte-educadora, com obras e intervenções de ambas.

A curadoria é de Lucília Giordano e Marrey Peres Jr., administradores da Galeria PontoArt há seis anos e os pais da artista. A exposição conta com identificações e textos em braille e com o recurso de áudio-interpretação das obras, com total acessibilidade aos deficientes visuais. O principal objetivo da mostra: “Um Olhar Incomum II”, é mostrar e compartilhar com o público a evolução de Ananda, suas criações e inspirações nesse período, com mais de 50 obras.

Ananda Peres é cega de nascença, porém durante toda a sua vida conviveu com o universo das expressões artísticas. Interessa-se principalmente pela música e pelas artes plásticas, sendo que o interesse por essa área foi estimulado pelo fato de seu avô Marrey Luiz Peres, ter sido um artista plástico muito atuante e também pela sua constante presença na Galeria PontoArt. Além de aulas de bateria e de canto, Ananda frequenta regularmente aulas de arte no Atelier da arte-educadora Helena Ribeiro e a oficina de escrita com a escritora Carla Caruso. E segundo as palavras da escritora, “os textos da Ananda são criativos, e cada vez mais ela se apropria da linguagem escrita. É um prazer e uma grande felicidade compartilhar com ela as descobertas e surpresas que surgem das suas criações artísticas”. E para outra profissional, Helena Ribeiro, “trabalhar com a Ananda é algo meio inexplicável, pois tenho outros alunos, além da Ananda, mas com ela tudo é muito especial. Os resultados são totalmente diferentes dos outros alunos, independente da técnica utilizada. Ela é muito inteligente, sensível. Nossa relação é muito autêntica, aberta e franca. A arte com a Ananda é sempre mais intensa e o lidar com as cores é como se estivéssemos tratando dos nossos próprios sentimentos”, esclarece a professora e arte-educadora.

Em um momento de reflexão voltado às artes, melhor dizer que a inclusão aqui se dá em duas vias distintas. A primeira via, por meio da criação de um universo paralelo no qual habita o “olhar incomum” da pessoa com deficiência visual, na tentativa de sensibilizar e se comunicar com as pessoas do outro universo preponderantemente visual. A segunda via, através da disponibilização de material táctil e de recursos audíveis, proporcionando às pessoas com deficiência visual, participarem de uma exposição de artes preponderantemente visuais. Esse é um dos papéis e funções da arte, principalmente vista sob o aspecto da contemporaneidade: expor as pessoas e mentes às experiências que possam romper com os possíveis paradigmas que, neste caso, agem no sentido de dar uma perspectiva falsa ao aspecto da inclusão social das pessoas com qualquer tipo de deficiência. Na construção de universos paralelos e inclusivos e em consequência dos estímulos culturais e da própria paixão pelas artes, os deficientes visuais podem participar da exposição, construindo conhecimentos e sentimentos estéticos próprios e Ananda pode desenvolver, juntamente com Carla e Helena, uma produção em grafismos, textos e objetos que convergem para uma estética também incomum, assim como seu olhar. Isto com uma natural evolução de sua arte, utilizando experimentos e técnicas variadas e promovendo a construção de uma manifestação estética aliada ao visual, rítmico e táctil, sendo estes últimos aspectos e sentimentos comuns na pessoa com deficiência visual.

Para saber mais:

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Carla Caruso é escritora e ilustradora. Cursou Letras na PUC-SP e, atualmente, coordena oficinas de escrita criativa. Publica livros de vários gêneros: poesia, ficção e informativos. Em 2010, recebeu o prêmio Jabuti pela obra “Almanaque dos Sentidos”, da editora Moderna. Na área das artes visuais, trabalha com ilustração e gravura. Participou de algumas exposições, entre elas, a mais recente, “Livraria de artistas”, na Galeria Gravura Brasileira.

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Helena Ribeiro é pintora, gravadora, desenhista e arte-educadora, tendo se formado nos anos 70, na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Desenvolveu carreira de professora de artes na escola pública e privada até o final dos anos 90, paralelamente à carreira de artista plástica. Eclética e inovadora em sua carreira, a artista sempre surpreende por sua versatilidade de técnicas e originalidade do trabalho, ficando na realidade muito difícil definir sua obra por ser esta extremamente plural. Seu trabalho, que tem estreita ligação com a realidade, está em constante mutação, retendo sempre fragmentos de momentos que passam, mas também assimilando o novo, o mundo imediato que nos rodeia, sendo que nada se perde, mas sim se transforma, tanto técnica como esteticamente. Atualmente possui um ateliê de pintura e desenho onde ministra aulas, expõe e vende trabalhos.